Luto: Toda solidariedade aos familiares e amigos de Marielle Franco e Anderson Gomes

Brasil lamenta execução da ativista de direitos humanos Marielle Franco

O SindBancários Teresópolis lamenta mais esta violência brutal que atinge nossa sociedade, e assim como nossa Fetraf/RJ-ES, nossa Contraf/Cut e diversos representantes dos movimentos sociais e sindicais, também se solidariza com os familiares dessa lutadora e de seu companheiro.

A diretoria da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo – FETRAF RJ/ES, entidade sindical que representa os/as mais de 40 mil trabalhadores/as bancários/as desses dois estados, vem, pelo presente, manifestar todo o seu pesar e indignação pelos bárabaros e cruéis assassinatos da vereadora do Psol-RJ Marielle Franco e do também companheiro Anderson Gomes, que a acompanhava dirigindo o carro em que foram executados.

Esse crime hediondo, com características claras de execução premeditada, atinge fortemente a nossa ainda débil e incipiente democracia. Todos nós, militantes progressistas ou não, fomos de alguma forma atingidos pelos tiros que os assassinaram.
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Lutadora incansável em defesa dos direitos humanos e da igualdade social, Marielle nasceu no Complexo da Maré, era socióloga e foi eleita Vereadora da Câmara do Rio com 46.502 votos, a quinta maior votação da eleição de 2016. Se formou pela PUC-Rio e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Anteriormente, Marielle coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado do deputado Marcelo Freixo (Psol), e decidiu pela militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes na Maré.

Sua atuação impecável na defesa das populações das favelas garantiu a esta mulher de fibra espaço de denúncia e credibilidade perante a sociedade; além de ser uma militante imprescindível na luta das mulheres.

Marielle parte muito precocemente e deixa um legado, além de um futuro de lutas a favor do povo e de uma sociedade mais justa e igualitária.

Exigimos apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. Não nos calaremos!

Marielle, PRESENTE!

Nilton Damião Esperança – Presidente p/ Diretoria da Federaçãos dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo – FETRAF RJ/ES

O terror e a tristeza tomaram conta dos noticiários desde a tarde de ontem (quarta-feira, 15 de março), quando funcionárias e funcionários públicos municipais, que protestavam contra a tramitação do projeto que propõe mudanças no SampaPrev, foram fortemente agredidos na Câmara Municipal de São Paulo pela Polícia Militar e, pasmem, por Guardas Civis, uma das categorias que estão na luta contra as mudanças no SampaPrev propostas pelo prefeito João Dória (PSDB).

Grande parte dos manifestantes era composta por professoras, que realizam uma greve contra as mudanças no SampaPrev, que paralisa quase a totalidade das escolas municipais.

À noite, outra notícia chocou todos aqueles que lutam por justiça social e pelos direitos humanos. Marielle Franco, vereadora na cidade do Rio de Janeiro pelo PSOL, foi brutalmente assassinada a tiros, por volta de 21h30, quando voltava da atividade “Jovens Negras Movendo as Estruturas”. As informações são de que um carro se emparelhou ao que estava a vereadora e efetuou os disparos que a atingiram, além de seu motorista e uma assessora. Cinco tiros atingiram a cabeça de Marielle. O motorista também morreu e a assessora ficou ferida com estilhaços de vidro.

Dias antes, Marielle havia sido nomeada como relatora da Comissão que vai acompanhar a ação do Exército e da Polícia na Intervenção Militar no Rio de Janeiro. Na quinta-feira (10), havia denunciado a violência da PM em Acari, na Zona Norte do Rio.

Uma semana após o Dia Internacional das Mulheres, vemos o quanto é fundamental a luta feminista. Vemos o quanto incomoda essa luta, numa sociedade hipócrita, que parabeniza as mulheres, lhes dá flores e chocolate, mas lhes nega seus direitos. Lhes nega principalmente o direito de voz, o direito de se expressarem, de lutarem por seus direitos. Essa sociedade quer mulheres mudas, caladas. Quer mulheres “belas, recatadas e do lar”.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia todo o tipo de violência contra as mulheres e mais ainda contra as mulheres que lutam por seus direitos, por seus interesses. Estamos em campanha permanente contra a violência e em defesa dos direitos das mulheres. E exigimos apuração rigorosa da morte de Marielle e da violência na Câmara Municipal de São Paulo.

Nos solidarizamos com a luta das mulheres e desde já decretamos Marielle Franco como mais uma mártir da luta feminista, dos direitos sociais e humanos no Brasil. Marielle estará sempre presente em nossas memórias!

Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

Fonte: Contraf-CUT

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