Contraf-CUT cobra negociações urgentes com a Caixa

O banco anunciou esta semana um novo processo de reestruturação

A Contraf-CUT, por intermédio da Comissão dos Empregados (CCE/Caixa), cobra a abertura de negociações urgentes, pelo anúncio de um novo processo de reestruturação, anunciado aos empregados por mensagem do conselho diretor.

“A direção do banco tem um acordo firmado no último acordo coletivo de discutir em mesa qualquer tipo de reestruturação, antes da sua implementação”, lembrou Dionísio Reis, coordenador do CEE. “Não vamos aceitar que as mudanças sejam impostas sem qualquer negociação com os trabalhadores. Está claro a intenção deste governo privatista com o desmonte da Caixa Pública.”

Caixa divulga volta do PDVE
Na primeira fase, encerrada em 31 de março, a meta da direção da Caixa era de desligar 10 mil trabalhadores

A Caixa anunciou, nesta sexta-feira (14), a volta do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE). Na primeira fase, encerrada em 31 de março, a meta da direção da Caixa era de desligar 10 mil trabalhadores. Segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), foram 4.645 adesões ao plano de demissão.

“Estamos muito preocupados com a volta do programa, pois o recado é claro: não haverá reposição das vagas deixadas pelos empregados que aderirem ao PDVE e deixarem o banco. Isso só piora as condições de trabalho dos empregados que permanecerem e afeta diretamente o atendimento à população”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da CEE da Caixa. “A CEE ainda vai averiguar os termos do PDVE para garantir que não haja perdas de direitos para os empregados que aderirem. Porém, desde já manifestamos nossa contrariedade por mais uma decisão unilateral do banco, sem qualquer negociação com os representantes dos trabalhadores.”

“O desenho que está sendo pensado para a Caixa é semelhante ao modelo proposto para os bancos que foram enfraquecidos e privatizados nos anos 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. As demissões desenfreadas, tidas como voluntárias, serão aceleradas. O sonho de uma Caixa sintonizada com os desafios do Brasil ficará cada vez mais distante. O banco é um dos poucos instrumentos de política social, mas esse perfil será riscado do mapa caso esse processo obtenha êxito”, denunciou Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.

Fonte: Contraf-CUT

Gostou? Compartilhe agora: