Bancos somem com 11.525 empregos em 11 meses

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Só em novembro de 2016, setor cortou 1.516 postos de trabalho; além disso, instituições financeiras ganham com rotatividade, pagando salários bem menores aos admitidos do que recebiam demitidos

Felipe Rousselet, Redação Spbancarios
3/1/2017

São Paulo – Mesmo sendo o setor que mais lucra no Brasil, que deveria ter compromisso, como concessões públicas, de servir à população e colaborar para o desenvolvimento do país, os bancos seguem cortando cada vez mais postos de trabalho bancário. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), as instituições financeiras fizeram desaparecer 11.525 empregos nos 11 primeiros meses de 2016. Destes, 1.516 só em novembro.

Além de cortar postos de trabalho, sobrecarregando bancários e precarizando o atendimento à população, os bancos ganham com a rotatividade. Entre janeiro e novembro do ano passado, os trabalhadores admitidos em instituições financeiras ingressaram recebendo em média 59% do que ganhavam os bancários que deixaram os bancos.

“A defesa dos empregos é uma luta permanente do movimento sindical bancário. Não existe razão para que os bancos, que lucraram mais de R$ 64 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado, cortem postos de trabalho desta maneira. Soma-se agora à ganância sem limites do setor financeiro, o agressivo desmonte dos bancos públicos promovido pelo governo Temer”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria.

“Além de elevar ainda mais o nível de desemprego no país, o corte de empregos no setor financeiro sobrecarrega bancários, que já sofrem com assédio moral e a pressão absurda para o cumprimento de metas abusivas, levando os trabalhadores ao adoecimento”, acrescenta a dirigente.

Apenas em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), mais de 18 mil bancários foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos, 52,7% tiveram como causas principais transtornos mentais e doenças do sistema nervoso.

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