Sindicalistas reforçam unidade e preparam ato forte dia 16

As Centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB, em unidade de ação, realizarão, no próximo dia 16, uma grande mobilização denominada “Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e Garantia de Direitos”.

Durante os atos, que ocorrerão em vários Estados brasileiros, as Centrais vão divulgar um documento, aprovado no final de julho em assembleia realizada entre as entidades, em São Paulo.

A situação caótica pela qual atravessa a economia brasileira, com juros altos, inflação, insolvência de empresas e uma taxa de desemprego prestes a ultrapassar a casa dos 12 milhões de pessoas sem trabalho, é de total contrariedade com as forças conservadoras que, indiferentes à gravidade do atual cenário econômico, ainda pregam uma jornada de trabalho de 80 horas semanais.

O documento elaborado pelas Centrais propõe, entre outras demandas, a redução dos juros e da jornada semanal de trabalho, a retomada do investimento público e privado em infraestrutura, e também no setor de energia; e o destravamento do setor da construção civil e pesada.

E, principalmente, que os setores mais retrógrados do governo e do empresariado irrompam a escuridão da crise econômica que tanto nos penaliza, e iluminem, de forma objetiva, as esperanças da classe trabalhadora brasileira.

A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam nesta terça-feira, 16 de agosto, o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos. A Contraf-CUT também reforça o movimento nacional e conclama suas Federações, Sindicatos, e os bancários e bancárias, para se somar às manifestações e dar uma resposta dura, nas ruas, contra os ataques à classe trabalhadora.

“Os trabalhadores e trabalhadoras, independente da sua posição em relação à conjuntura, discordam da retirada de direitos e somam-se ao chamamento da CUT e demais centrais sindicais: “Nenhum direito a menos! É inadmissível que o empresariado nacional, que vem bancando o golpe contra a democracia, agora escolha os trabalhadores para solucionar a crise. Não criamos nenhuma crise e não vamos pagar o pato”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.

Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.

A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.

É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade – aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais – querem.

“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”

Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.

“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.

“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, conclui o presidente da CUT.

DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E LUTA POR EMPREGO E GARANTIA DE DIREITOS

Alagoas
8h – Ato de protesto na casa das Indústrias de Alagoas

Amapá
12/8 – Ao final do III Simpósio Amazônico Sobre Reforma Agrária, Desenvolvimento e Meio Ambiente – SARADAM, será feito um ato da CUT por nenhum direito a menos

Bahia
9h – Ato em frente à FIEB com todas as centrais

Mato Grosso
17h – Ato das centrais sindicais na Praça Ipiranga, no centro de Cuibá

Mato Grosso do Sul
Greve geral contra retirada de direitos

9h – Paralisação e ato em Campo Grande.

13h – Audiência Pública na Assembléia Legislativa

Pará
8h – Concentração com Café da Manhã na Escadinha (Próximo a Estação das Docas).

Às 9h sai em caminhada pela Presidente Vargas, fazendo paradas em frente a bancos e agencia dos correios. Termina com um ato em frente a agencia do INSS de Nazaré.

Paraíba
15h – Parque Solon de Lucena – Centro João Pessoa

Pernambuco
8h – Fetape realizará ato na secretaria de agricultura

17h – Ato com a Frente Povo Sem Medo e Conlutas na Praça da Independência, no centro do Recife

Piauí
Ato acontece dia 23, às 8h, na Praça do Marques

Rio de Janeiro
10h – Os Bancários vão lançar a campanha salarial e a CUT vai se incorporar na atividade, no Boulevard Olímpico, praça Mauá

Rondônia
Plenária das Mulheres CUTistas do Estado em Ji-Paraná

Rio Grande de Sul
7h – Ato estadual unificado em defesa da CLT e da Justiça do Trabalho e contra a Reforma da Previdência, em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre

Sergipe
Dia 15, às 15h – O Ato será antecipado por conta da visita do Ministro da Saúde do Governo Interino em Teresina, em frente ao Hospital Universitário. Com CTB e Conlutas

Santa Catarina
13h – Ato em frente à UDESC com todas as centrais

São Paulo
10h – Ato em frente à Fiesp

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