Manutenção do emprego é tema central da reunião do Comando Nacional dos Bancários

A agenda de luta das federações e dos sindicatos inclui visitas nos gabinetes dos deputados e senadores

A reunião do Comando Nacional dos Bancários desta terça-feira (16) propõe que a Campanha Nacional de 2017 seja voltada para a manutenção do emprego, sem precarização das relações de trabalho. O Comando orienta que os encontros distritais, regionais e nacionais tenham como foco o combate a terceirização para atividade-fim; barrar avanços na área digital que precarizam as condições de trabalho; defesa dos bancos públicos e debates sobre os impactos das reformas trabalhistas e previdenciárias.

“Na Campanha Nacional de 2016, fechamos um acordo histórico de dois anos, que nos garante aumento real em 2017. A nossa luta este ano tem de ser pela garantia de emprego, pela manutenção dos direitos conquistados depois de muita luta e contra a precarização das relações de trabalho”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

As discussões da tarde começaram com um painel sobre os diversos pontos de precarização dos direitos dos trabalhadores presentes nas propostas de reforma trabalhistas e previdenciária. O advogado trabalhista e doutor em Direito Ericson Crivelli destacou como vários itens das reformas trazem perdas à classe trabalhadora. Ele afirmou que a CLT está sendo jogada fora com as mudanças propostas pelo governo ilegítimo de Temer.

Alguns retrocessos de direitos e perdas de garantias conquistadas pelos trabalhadores após anos de luta e combatividade podem ser destacados, como acordos coletivos prevalecem sobre a legislação; institucionalização do trabalho intermitente e home office; dificuldades para realização de ações trabalhistas; enfraquecimento da Justiça do Trabalho, permissão de gestantes em trabalho insalubre, permissão da terceirização para atividade-fim.

A agenda de luta das federações e dos sindicatos junto a outros movimentos sociais e a sociedade inclui visitas nos gabinetes dos deputados e senadores para conquistar apoio contra as reformas previdenciárias e trabalhistas.

Fonte: Contraf-CUT

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