A distância não vai nos limitar. O slogan da última campanha da categoria bancária provou, mais uma vez, que a luta não conhece barreiras. Mesmo durante a pandemia, os Sindicatos dos Bancários não deixaram de estar presentes em nenhuma discussão. Mesmo virtualmente.
E foi assim que aconteceu nesta quinta-feira, 29/7, o Encontro Estadual dos Bancários do Bradesco, Itaú, Santander e Mercantil do Brasil, promovido pela Federa-RJ.
Através de uma plataforma virtual, 170 bancários e bancárias dos Sindicatos de Campos dos Goytacazes, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense e Teresópolis participaram do Encontro que teve o teletrabalho como uma das principais discussões.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Juvandia Moreira iniciou sua saudação parabenizando a Federa-RJ e destacando o espírito de unidade da sua direção, que ela considera indispensável na luta da categoria. “A unidade foi fundamental para a construção do movimento sindical bancário. Sem ela, tudo seria muito mais difícil”. Juvandia também ressaltou a importância da regulamentação do teletrabalho, assunto que já está sendo discutido no Congresso Nacional, mas lembrou a necessidade de a classe trabalhadora ter parlamentares que sustentem suas pautas. “Precisamos colocar na agenda a retomada do país. Retirar Bolsonaro e promover mudanças no Congresso é fundamental para essa reconstrução do Brasil”, avalia.
Já a presidenta da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Adriana Nalesso, lembrou que a entidade, fundada este ano, nasceu em um momento difícil do país, no entanto, destacou que não falta disposição para enfrentar a luta pela vida, pelo emprego e as mudanças relativas aos impactos tecnológicos que atingem a categoria bancária. “Temos como prioridade organizar o ramo financeiro. Estamos atentos aos dados do Dieese e percebemos que muitos bancários e bancárias estão caindo na armadilha de se tornarem trabalhadores autônomos sem nenhuma garantia, nem direitos. Um dos grandes desafios da Federa-RJ é justamente organizar os sindicatos para estarem fortes nessa luta”, finalizou Adriana.
Logo após a abertura, houve uma emocionante homenagem ao ator e diretor de teatro que dedicou sua carreira à luta dos movimentos sociais, Marcos Hamellin, falecido este mês, representando todas as vidas perdidas para a Covid-19. Em seguida o técnico do Dieese, Fernando Amorim, apresentou o estudo “Transformações no Sistema Financeiro do Global ao local”.
O Encontro foi encerrado com a divisão dos participantes, em grupos por banco, onde discutiram pautas a serem levadas para a Conferência Nacional, que acontecerá em agosto.
Fonte: Contraf-Cut