Governo usa dinheiro público em mega-evento para privatizar a Caixa

Temer não mede esforços para entregar o patrimônio público e privatizar instituições públicas no final de seu patético e impopular governo. No processo de desmonte da Caixa Econômica Federal, com claro intuito de preparar a privatização da empresa, o governo federal vai gastar uma fortuna com um mega-evento que reunirá mais de seis mil gestores de todo o Brasil para tratar de mais uma etapa de dilapidação dos bancos públicos. Os números do custo do encontro estão sendo mantendo em sigilo, mas só o aluguel do local do evento, o estádio Mané Garrincha, em Brasília, terá um custo altíssimo.
O presidente Temer é o “convidado especial” da solenidade, que será realizada no dia 16 de maio, na capital federal. Está sendo montado um palanque e já há publicidade circulando em convites com os dizeres “Em campo pelo Brasil”, “Todo um país vibrando por você”, chavões de pura demagogia para esconder o verdadeiro objetivo, que é mais uma ação do governo contra as empresas públicas. Temer quer privatizar a Caixa.
Ataques aos empregados
Na pauta do encontro de gestores a previsão de corte de R$2,5 bilhões na Caixa, fechamento de mais agências, corte de mão-de-obra, funções e outras medidas para “reduzir custos”.
“A história nos mostra que os cortes de gastos das empresas públicas representam ataques ao emprego e aos direitos dos trabalhadores. Estranhamos um evento deste porte justamente no momento em que a direção da empresa anuncia mais uma etapa do desmonte do banco, o chamado “Programa Eficiência”. Está claro que um evento desta envergadura, com alto custo, tem como objetivo a dilapidação do patrimônio público para em seguida, privatizar as instituições públicas”, explica o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.
Etapa do desmonte
Questionada por dirigentes sindicais sobre a razão de um encontro desta magnitude, a empresa respondeu que o objetivo é para “cobrar mais resultados dos empregados”.
“Por si só este argumento já é absurdo pois a direção quer aumentar a pressão e o assédio moral que já estão insuportáveis nas unidades de trabalho. Mas não dá para a acreditar que este seja o único motivo do mega-evento em nível nacional num estádio de futebol. É mais uma etapa do desmonte. Mais do que nunca precisamos contar com a participação dos empregados no encontro estadual deste sábado, dia 12, e nas atividades de luta da categoria para defender os bancos públicos, os direitos dos bancários e a soberania nacional”, conclui Matileti.

Fonte: BANCARIO.

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